quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Controle das emoções

O primeiro e mais poderoso método para se obter um comando sobre as emoções é - como em tudo que se refere à consciência - a Meditação. Diante do contato com o mundo que perturbou as emoções, a Meditação deve ser um recurso. De volta ao corpo, após o período de sono psíquico, vindo de um mundo mais sutil do que o físico, o EGO encontrará sua morada calma e pode tomar posse serenamente do cérebro e dos nervos repousados. A Meditação não será eficaz se feita na parte mais avançada do dia, mais tarde, quando as emoções tiverem sido perturbadas e quando estiverem em total atividade.

Outro método de controle das emoções é o de refletirmos antes de falar, a fim de contermos as palavras. O homem que aprendeu a controlar seu discurso conquistou todas as coisas, diz um antigo legislador oriental. A pessoa que nunca profere uma palavra irrefletida ou ferina está bem situado no controle das emoções. Controlar o modo de falar é o mesmo que controlar toda a sua natureza.

Ter medo do silêncio é indício de fraqueza mental, e o silêncio calmo é melhor do que um discurso tolo.

Um terceiro método de controle das emoções é o de refrear a ação sobre o impulso. A pressa no agir é característica da mente moderna e é a rapidez excessiva que constitui a sua virtude. Quando consideramos calmamente a vida, reconhecemos que nunca existe uma necessidade de pressa, sempre existe tempo suficiente e a ação, mesmo rápida, deve ser refletida e isenta de pressa. Quando surge um impulso vindo de qualquer emoção forte, e a ele obedecemos, pulando adiante como uma mola e irrefletidamente, estaremos agindo de modo nada sábio. Se fizermos um treinamento para, em negócios comuns, pensarmos antes de agir, depois, se um acidente, ou outra coisa acontecer, na qual uma ação rápida seja necessária, a mente pronta equilibrará as demandas do momento e dirigirá a ação rápida, mas não haverá nenhuma pressa, nenhum ato às cegas ou irrefletido.

Extraído de "Um Estudo sobre a Consciência", por Annie Besant, Edição de Adyar, 1954

Tradução: Maurilena Ohana Pinto, MST da Loja Annie Besant, Belém-PA.




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